Quando falamos em vocação, estamos falando da vontade de Deus para nossa vida. Podemos até dizer não a Deus, como o jovem rico (Mc 10,17-31), ou querer mudar o rumo que Ele nos aponta, como fez o profeta Jonas (Jn1, 11-16). Podemos inventar desculpas, buscando motivos para não acolher o chamado, como fez inicialmente o profeta Jeremias (Jr 1,6), ou apresentar justificativas: “não posso”, “agora não dá”, “tenho que terminar meu curso”, “preciso ficar com minha família”, como na passagem bíblica do convite para o banquete (Lc14, 16-20).
Porém, Deus não desiste, sempre vai ao encontro, pois quer a realização feliz de seus filhos e filhas, e seu convite é o chamado à vida plena. Não adianta fugir, esconder-se, Ele nos sonda e conhece nossos caminhos e sentimentos (Sl139).
Quando você pensa no futuro, no estilo de vida para o qual sente inclinação, e não sente alargamento, horizontes abertos e vida plena, já é claro que esse não é o chamado que Deus lhe faz. Quando encontramos pessoas tristes, limitadas, medrosas, acomodadas, arrogantes, mal-humoradas, é sinal de que não estão onde Deus quer.
Quando Deus chama, apesar dos medos, interrogações, renúncias, há um desejo de espraiar-se para o mundo e pelo mundo que move as ações. Algo no fundo do coração motiva a dar o passo inicial, a responder positivamente ao Senhor e à proposta do Reino com alegria, coragem e desejos de vida.
A vocação não é sofrimento e limitação, mas um convite a expandir-se. A multiplicar dons e talentos a serviço dos demais. É encontrar a pérola preciosa do sentido da vida e deixar tudo para ficar com esse tesouro (Mt13, 44-46). ´E sentir a possibilidade de fazer render os dons que Deus nos deu (Mt 25, 14-30), colocando-nos à disposição: “eis-me aqui, Senhor” (Lc1, 38), e deixando a graça de Deus realizar em nós, e através de nossa vida, as suas maravilhas!
Você sente que seu estado de vida lhe expande na missão de Cristo?
Autor Pe. Jonas Elias Caprini, SJ
コメント